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Quando eles vão de viagem

por Pineapple com açúcar, em 17.09.18

Isto de estar “amêgada” com um alfacinha tem as suas condicionantes, para além de estar  sempre a explicar expressões básicas da língua portuguesa como “passar o mapa na casa”, “desfrisar uma galinha”, “por a roupa de molho na pana”, tenho de dividir a criança com a família paterna.

Além da separação entre mãe e filho, (porque a “je” trabalha e este corpo não pode andar a cirandar sempre que lhe apetece) temos toda uma logística a preparar. 

Primeiro, a mala tem de ser feita minuciosamente, com o estritamente necessário porque senão o pai entra em colapso nervoso e tem de levar com um comprimido debaixo da língua. O homem passa-se se eu separo uns três outfits a mais para uma eventualidade... é que carregar mais 500 gramas e o apocalipse total vai uma curta diferença, homens! 

Segundo, os outfits têm de estar conjugados e muito bem dobradinhos, porque se tens o azar de colocar umas calças vermelhas e uma blusa da mesma cor na mala a probabilidade da criança estar na capital vestida de menstruação é de 100%.

Terceiro, tens de te armar em vidente e prever e equacionar todas  as possíveis variantes, condicionantes, vontades e desejos do teu filho colocando tudo isto numa mini mochila de mão.

 

Nas duas horas de voo, tudo pode acontecer. Se tem calor, se tem frio, se faz xixi, se faz cócó, se tem fome, se tem sede, entretenimento durante a viagem...

Ora, como estamos na corrida para o prémio Nobel de melhores pais do ano, uma pessoa esmera-se na tarefa dos preparativos, e numa das últimas viagens achei por bem colocar umas calças de ganga novinhas em folha caso houvesse algum acidente.

Não há nada melhor do que estrear uma peça de roupa nova numa viagem, certo?

O miudo decidiu fazer xixi fora da fralda, na altura ainda usava fralda, e o pai lá foi ao saco preparado criteriosamente pela mãe.

Um ponto para a mãe que colocou umas calças que literalmente  caíam pelas pernas abaixo e um ponto para o pai por ter insistido com as mesmas quando tinha uns calções suplentes na mala, mais um ponto para pai por não ter apertado os elásticos que existem dentro das calças. 

O bom é que a criança vive feliz e contente com todos estes percalços e vai fazendo disto tudo uma festa... até ao dia.

 

Podem não acreditar mas damos o nosso melhor todos os dias e este é o nosso melhor!

 

 

 

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Estrela nipónica nas Bermudas

por Pineapple com açúcar, em 07.08.17

E qual é a primeira coisa que se faz quando se aterra num atol paradisíaco, com areia branca e mar azul turquesa maravilhoso? Qual é? Primeiro, come-se bacalhau de natas e depois, praaaaaiaaa!! A ganância é tanta que à primeira vista pode-se confundir com desespero total. Se a imagem fosse reproduzida numa sala de cinema mais próxima, seria qualquer coisa como: Uma ladeira, uma família, bem lá ao fundo, com um Little Pineapple a correr em câmara lenta com baldes, guarda sol, boias, piscinas insufláveis, toalhas, marrecos de plástico, lanches, águas e o Diabo aquático. Assim éramos nós ( no cinema exagera-se sempre). Eram 8 da matina e já estávamos de armas e bagagens em Horseshoe bay beach, uma praia maravilhosa ( todas elas são) com uma "secção" para crianças, uma baia protegida com uns rochedos, denominada como "family zone", areia branca, água transparente e morna e ninguém na praia... o paraíso. Em menos de cinco minutos vimos a praia a ser invadida por três jipes Land Rover e uma equipa de fotógrafos, cabeleireiro e as ditas estrelas da coisa, todos eles japoneses. Uma pessoa fica que nem uma burra a olhar para um palácio. Uma azáfama séria, o homem a vestir e a despir fatos de surf e bodyboard e o cabeleireiro a ajeitar a meia dúzia de "pintelhos" que a dita estrela tinha na cabeça. Imaginem lá um japonês de cabelo rapado, daquele à escovinha. Pronto, agora imaginem um cabeleireiro com um pente na mão a ajeitar o cabelo como quem ajeita um penteado de segunda comunhão. É um pouco de arder... oh homens de Cristo com tanta gadelha a gritar para ser ajeitada vais-me amanhar cabelos à escova que só sabem ficar hirtos e rijos. E eu ali tão perto... com as pontas secas, doidas para serem encaracoladas à laia de Gisele Bunchen. Andávamos nós a apreciar o espetáculo e a ver os terminos daquela gente quando, de um momento para o outro, num momento de pausa, olharam para o meu filho e... zás, tornaram-no na nova estrela infantil nipónica. Quando nos apercebemos o Little Pineapple já estava rodeado por máquinas e telemóveis. Ele com ar de WTF e nós com ar de WTF disfarçado. Houve um pedido deles com o olhar e um consentimento nosso com a cabeça e a partir daí começaram a fotografar com aquele ar tão característico deles, ar de quem fotografa a largada de uma bomba atómica, aquele frenesim robótico que faz com que pareçam de outra galáxia que não a nossa. Fotografavam e riam-se desmesuradamente sempre que o miúdo fazia qualquer coisa e o qualquer coisa era pestanejar. Inicialmente achei um bocado estranho, depois lembrei-me do amor fanático dos japoneses pelos desenhos animados e o Little Pineapple com aqueles olhos grandes bem se parecia com eles, com o Nobita do Doraemon, por exemplo. Até o cabeleireiro o veio contemplar com o seu pente de catar piolhos. As minhas antenas de "miúda que sempre quis ser capa de revista" puseram-se logo em sentinela e detectaram uma possível eclosão da estrela enclausurada em corpo de mãe de um Little Pineapple. Então, enquanto as objectivas apontavam para um ananás com cara de WTF eu passava por trás com passo de flamingo, devagar, devagarinho com o meu bikini novo e com a minha fita da moda na cabeça... e eles nada. Uma verdadeira estrela não desiste e mais uma vez na outra direção a passo de flamingo, com ar distraído e boca em formato de bico de pato lá ia eu cheia de fé que alguma objectiva me captasse. Nada. Até que eu disse: " ouhhh esse filho é mê, isso não é pa tirar retratos quando quiserim...", e atirei areia com os pés para cima dos japoneses todos. Moral da história, ficamos, eu e o pai a olhar para o espectáculo nipónico que nem dois desenhos animados babados pela sua cria. Rimo-nos muito e o restante dia foi a imitar os japoneses. Ele brincou na areia e fez a sua primeira entrada do ano em água salgada. Contido a entrar, não demonstrou grande entusiasmo na água que para ele parecia fria... (não estava, mas comparada com a da sua banheira). Mal sabíamos nós que iria transformar-se em Neptuno/Poseidon deus do mar. Apesar de já ter passado quase dois meses após a viagem, não desisto de contar as suas primeiras férias intercontinentais porque prometi a mim mesma que o iria fazer um álbum de viagem pormenorizado, daqueles com recortes e fotos e estas coisas todas. Os posts são fundamentais para este projecto. Sou tão preguiçosa... que desgosto!

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Visto que o cabeleireiro foi um elemento importantíssimo neste post, sinto-me na obrigação de o identificar. É o de óculos e bigodinho.

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Eu com a fita da moda na cabeça.

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A praia paradisíaca antes da evasão.

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O descanso da mais recente estrela nipónica.

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Barrados nos Serviços Estrangeiros e Fronteiras

por Pineapple com açúcar, em 21.06.17

Chegamos às Bermudas!

Ao chegar à nossa vez no controlo dos passaportes lá explicamos que vínhamos para a casa de família e que não sabíamos a morada. A senhora com ar calmo e com aspecto de quem nos ia mostrar a saída, coloca-nos numa sala de espera. Na parede encontrava-se um enorme mapa da Bermuda e se fosse eu a mandar naquilo tudo, colocava um placard ao lado a dizer "this is Bermuda, the island that you might not see if you carry something illegally with you."

Dentro do escritório, comumente, conhecido pelos nossos imigrantes como "ofa" (office), estava um senhor de porte considerável grande, com uma voz considerávelmente potente, a tratar de assuntos considerados importantes. Por cima da sua cabeça tinha uma ventoinha reproduzindo perfeitamente o programa "presos no estrangeiro".

Peguei no JM e disse " João Maria, olha bem para a mamã. Trouxeste alguma coisa que a mamã não saiba? Tipo, bolotas no estômago, cintos de cocaina à cintura, plantas invasoras, tabaco falsificado? Estás a pensar vir trabalhar sem contrato, abrir alguma conta, qualquer coisa!??

Pronto, então agora podes parar de fazer ar de delinquente. Isto não abona a nosso favor, ok? Vá lá, a mamã está a pedir.

Oh, toma uma banana." Ninguém consegue ter ar de rufia a comer uma banana, pelo menos eu acho...

"Next", chamou o senhor com ar jamaicano.

Explicamos a situação e dissemos que os familiares estariam à nossa espera lá fora. O senhor disse que iria chamá-los pelo microfone e eu pela minha experiência em aeroportos sabia que a probabilidade de alguém, que não vai viajar, perceber o seu nome no altifalante, pronunciado por estrangeiros era quase impossível.

Aí eu disse " preparem-se família que vamos de volta para Portugal, não se desarruma as malas nem percam o sorriso, que mal a gente aterre em São Miguel, vamos directos para a Ribeira Quente e Furnas. Querem água quentinha, mamã dá água quentinha. João Maria say bye bye to Bermuda."

Bem dito bem certo, ninguém se acusou.

"Do you have a phone number to call?"

Sim tenho um número de telefone, claro, mas é que nem penses que eu vou activar os dados móveis! Eu vim de Portugal, POR-TU-GAL, não ganho 30 "dollas" à hora, não tenho conta desviada para esse paraíso fiscal. O dinheiro está todo contadinho, por isso não esperes que vá gastar uma saca de dinheiro em telefones só porque o senhor acha que temos ar de quem vem espalhar a delinquência.

Devia ter trazido o vestido de noite, com o lenço amarrado ao pescoço, óculo de sol e lábio vermelho e àquela hora já eu estava a dar cavirotas numa praia qualquer.

Isto era o que eu queria ter dito mas, basicamente, mostrei-lhe o número no telemóvel e fiz ar de atrasada mental. Estive quase quase a babar-me, mas entretanto ele já estava a digitar o número no seu telefone.

Uff que sorte, olhei para os rapazes com ar de "se não fosse eu e o meu ar perfeito de atrasamento mental, já estávamos sem orçamento até ao natal de 2019.

A minha mãe atendeu e lá se resolveu a situação, disse umas graçolas, rimo-nos todos e ala que nos pusemos na alheta. Fui logo trabalhar sem contrato, só para me vingar da imigração. Foi mesmo ali no aeroporto, pus-me logo a arrumar carrinhos e a pedir "dollas".

Vi a minha mãe que foi um consolo muito grande no coração, mas consolo maior foi vê-la a consolar-se com o neto. Não há amor maior e mais bonito.

Entretanto a aventura já estava a rolar e como nos acontece sempre coisas que não lembra ao diabo mais novo, há muita coisa para contar...

Entretanto deixo-vos uma foto do Little Pineapple a brincar ao jogo "sou rapper delinquente."

Foi por causa deste ar que fomos barrados... De certeza absoluta!

 

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Estamos de viagem

por Pineapple com açúcar, em 13.06.17

Finalmente chegou o dia de nos pormos na alheta.

Até ao dito dia estás sempre a pensar que alguma coisa vai acontecer e alguma coisa é o quê?

É que o pirata apanhe alguma mazela e nos trame as férias. Por isso, na recta final estava eu sempre a perguntar,

"vê se ele está quente, achas que é febre? Vê se tem borbulhas."

Até à data tudo ok, só uma intolerânciazita à lactose que foi rapidamente controlada.

Começamos muito bem, só com um pequeno percalço chamado "voo cancelado".

Sem stress, vamos no dia a seguir, o importante é que estamos de férias e que se é para acabar o mundo que seja quando estivermos de férias. O importante é o espírito em que se leva a coisa.

No dia a seguir lá fomos nós todos animados rumo aos states.

O JM tomou, sem a nossa autorização, alguma substância ilícita que provoca safadez, hiperactividade com um toque de malcriação e desfadamento. O rapaz virou. Eu não sei, mas se me pedirem para fechar os olhos e visualizar o Hitler com 16 meses eu fecho e vejo um Little Pineapple com bigodinho a impor a sua vontade por todo o lado.

Andou a viagem toda a meter-se com as assistentes de bordo, a fazer palhaçadas, a achar-se engraçadinho, a dizer não a todas as minhas ordens. A querer ficar em pé quando deveria ficar sentado, a querer ficar sentado quando deveria andar e se já falasse aposto que diria qualquer coisa como "eu quero que a rua sésamo vá para o raio que a parta."

Se calhar é a ausência de lactose que o enche cheio de vontade própria, cheio de dono de si, cheio de confiança.

Truque de viagem número um:

Munires-te de bananas e pão. Só com bananas e pão é que ele sossega.

Ao chegarmos a Boston lá fomos nós sem carrinho de bébé com ele ao colo para a fila interminável dos passaportes e da alfândega, por cá, país magnífico, este topo do mundo, não há prioridades para bébés, deixam isto para a recôndita e velha Europa.

Ao sairmos do aeroporto estavam nada mais nada menos do que 9 graus. Frio pra cacete e o nosso transfer só nos poderia vir apanhar dali a uma hora. Uma hora a rapar frio e a tirar beatas das mãos do JM, sim ele cata tudo o que é lixo e sim ele continuava em modo "electric Pineapple". O transfer chegou mesmo a tempo de eu não me passar com as malditas beatas. 

Estava carregado de bombeiros brasileiros, peruanos e outros que mal consegui decifrar, o cansaço já se tinha apoderado de mim desde o primeiro minuto da viagem. Preparar, prever, organizar as tralhas de uma viagem com uma criança caaaaansa muito. Toca a despachar que no dia a seguir partiríamos para as Bermudas, para o sol e calor.

A viagem demorou duas horas, o que acaba por ser peanuts para quem vem de uma de quase seis horas.

Ao aterrarmos nas Bermudas, saímos do avião e primeira constatação:

Bafo! Humidade absurda com temperatura absurda, igual a calor demoníaco.

Segunda constatação:

Dão prioridade às crianças, o que faz toda a diferença para quem carrega piolhos eléctricos e jet legados e cozidos do calor.

Ao preencher os papéis alfandegários percebi que não sabia a morada que iríamos ficar. Disse: " inventa uma."

" Não, digo que vamos ficar em casa de família e verás que não há problema." Respondeu o pai da criança.

Eu só queria chegar ao destino, ver e almoçar com a minha mãe...

Tinham-nos dado prioridade e tudo... só que...

Continua...

 

 

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Duas noites sem o Pineapple

por Pineapple com açúcar, em 10.10.16

Aos oito meses tive que me separar por duas noites do meu bébé.

 

Vim em viagem de negócios a Nova Iorque... Mintxiraaa, vim a uma acção de formação a Santa Maria, o que não é muito diferente de Nova Iorque, sejamos sinceros!! 

 

O JM ficou com o seu rico pai. 

 

A mãe é que não estava à espera desta partida nem tão cedo, mas o que tem de ser, tem muita força e não há que ser dramática. 

Pus logo em modus operandis a teoria da Positividade e comecei a enumerar as coisas que poderia pôr em prática, como dormir, ler um livro, jogar candy crush, nadar, papar as novelas todas com o comando na mão sem ter que pedir por todos os santinhos do céu para me mudar de canal... E assim sucessivamente.

 

No entanto, na prática as coisas não foram bem assim. A teoria da Positividade manteve-se, mas misturou-se com a teoria do "não consigo parar de pensar no que é que o rico filho anda a fazer", juntamente com a teoria do "será que me esqueci de dizer/separar/meter/lavar/arrumar alguma coisa?"

 

Vim para uma acção  de formação e basicamente o meu primeiro dia foi assim:

"Então Rita, reparei que tem estado muito atenta. Tem alguma coisa a dizer?

Quem eu?!? Ah, estava a pensar no tempo. É que isto virou e eu estou às voltas e voltas a pensar no que é que o pai vestiu o rapaz. Espero que ele não tenha calçado os peúgos dos elásticos apertados, é que aquilo, num instante, faz garrote nas perninhas e já estou a visualizar o meu rico filho num canto da sala a chorar com tantos formigueiros nas canelas e pézinhos... E será que as auxiliares vão dar conta disso? Não sei...

Também estava a pensar nas unhas super sónicas que ele tem... Em duas noites devem disparar. Deixo um ananás em casa e ao regressar encontro uma garça.

E a cera dos ouvidos?! O pai é inimigo de lhe colocar cotonetes, aquilo deve estar em forma de cascata. Pineapplefalls.

 

Aaaaahhh, a senhora formadora estava a perguntar-me sobre a matéria?! 

Acha que uma mãe com um filho de oito meses em casa, deixado aos cuidados do pai, sem avós, sem nada, vinha atinar alguma coisa para aqui?! 

Acha que uma mãe que pariu à oito meses consegue ter algum poder de concentração e raciocínio. Se eu já tinha um cérebro de nêspera antes de engravidar, agora passei a ter um de mirtilo... Murcho!

Acha?!

Aaaaagooora!!! Não façam contas comigo."

 

Resumindo, não li, não dormi as horas que esperava dormir, não vi televisão, não nadei, mas, que diabo, também não é assim tão maaau...ninguém morre de saudades, nem eu nem ele e uma mãe tem de ter este poder de encaixe, tanta coisa que vem por aí fora... 

 

Sabia que ele estava bem e que estava a ser muito bem cuidado. Afinal, para o pai, não há nada mais importante no mundo e mais além do que eu seu lindo Pineapple.

 

Para complicar mais um bocadinho não deixei nada separado. Não separei roupas, nem mochila para a escola, quis que fosse o pai a comandar as tropas, quis que ele sentisse o peso da responsabilidade. A  única coisa que fiz, sem ele saber, foi colocar as melhores roupas a fazer pandã por cima. Sabia que ele iria pegar na primeira coisa que visse. Quando viu o resultado deve ter-se sentido super orgulhoso.

 

A verdade é que quando cheguei, depois de levar tantos beijos e abraços o senhor mini Pineapple só queria pai pai pai... 

 

Correu bem... Bem demais.

 

Fui me deitar de coração apertado, mas no dia a seguir ele já gargalhava para a sua mãe com todos os seus dentes... Três!

 

A viagem foi alegre e divertida, com muito sono, falta de concentração e boa comida à mistura.

Falamos de espíritos e lugares assombrados ao jantar para cada um ir dormir de luz acesa para o seu quarto e arregalar o olho ao mínimo som.

 

Um ponto muito positivo:

O pequeno almoço de hotel. É bom, é muito bom.

 

 

 

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 Fui comer um crumble de maçã ao Espaço em Cena e fiquei deliciada com o crumble, com as infusões, com o ambiente e com a decoração. Five stars!

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Um dia muito feliz

por Pineapple com açúcar, em 03.10.16

Desde pequenina que vibro com o meu aniversário, com os anos fui perdendo o entusiasmo, que diga-se de passagem, era descabido. Tinha sempre a esperança que algo de muito fantástico e megalómano fosse acontecer, no entanto, era doloroso ver que não passava de um dia igual aos outros. Até que... Até que o dia 28 voltou a ter aquela luz, aquele fulgor, voltei a olhar para o dia 28 de Setembro com maior entusiasmo.

 

O JM nasceu a 28 de Janeiro e no Euromilhões este número fará sempre parte da minha chave. No dia em que a chave vencedora apresentar um 28, vocês vão pensar:

"Será que a outra é milionária?!" 

 

E se assim for lá estarei eu a vomitar-me toda, cheia de nervos sem saber o que fazer a tanto dinheiro... Com um Little Pineapple milionário!!

 

Mas, depois já não podíamos brincar ao "O que fazias se ganhasses o Euromilhões?", e cá em casa joga-se tanto este jogo até um de nós se enervar por ver tanto dinheiro mal empregue.

 

Este 28 de Setembro foi o mais importante, o mais feliz de sempre. A mãe fez os gloriosos 35 e já ruma aos 36, acompanhando e bem o Glorioso e o meu pequeno ananás fez 8 meses de vida maravilhosa.

 

O dia nasceu bonito proporcionando a um belo passeio pela ilha. Para variar, o pequenino estava super bem disposto e quando entrou numa estufa de ananases rejubilou, batendo palminhas pela primeira vez. 

 

Ele era o ananás mais lindo de todos. Procurei, procurei, mas não havia hipótese, ele era e é o ananás mais lindo do mundo.

 

 

Fui mostrar-lhe a maravilhosa Lagoa do Fogo. Disse-lhe, " já viste JM é tua... É nossa. Um dia irás sentir um orgulho tão grande em mostrar esta e outras paisagens. Esta é sucesso garantido.

Nunca percas a oportunidade de seres o primeiro a mostrar a Lagoa do Fogo às meninas de Erasmus...Sucesso garantido. Conselho de mãe!! "

 

 

Foi um dia muito feliz e simples, sem nada programado, rodeados de pessoas muito especiais e importantes, como deve ser sempre. 

 

 

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Que ilha tão bonita

por Pineapple com açúcar, em 25.08.16

É verdade João Maria, vives numa ilha tão bonita, mas tão bonita que às vezes custa a crer que é real... Não é papel de cenário, é a pura da realidade.

O melhor desta história é que como esta imagem há milhares, sim milhares de imagens tão bonitas como esta espalhadas pelos Açores inteiros.

Já viste a sorte JM??

A mãe irá continuar a mostrar-te a sorte que tens...

 

 

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De viagem

por Pineapple com açúcar, em 04.06.16

Já cá estamos. A viagem foi boa e portamo-nos todos muito bem. Vai uma salva de palmas para a família pineapple!!

 

Por incrível que pareça a mãe foi a que mais stressou. No dia antes da viagem estava uma pilha de nervos. E quem é que paga as favas, quem é?

Não "é ê" que ainda só tenho quatro meses. É o paaai que tem idade para levar com as favas e com muito mais. Também, aprendesse a estar calado, ganhava mais. Cá eu, quando vejo que a coisa está feia finjo-me de tolinho, finjo-me de surdo mudo e fico para aqui quieto que nem quatro meses de idade.

 

É verdade stressei mais do que o habitual e eu passo a explicar.

 

Ponto número um, odeio preparar malas de viagem.

 

Ponto número dois não sei preparar malas de viagem.

 

Ponto número três, não sei preparar malas de viagem para bébés.

  

Ponto número quatro, isto dá muito trabalho.

 

Ponto número cinco, não gosto de andar de avião.

 

Ponto número seis, não fazia a mínima ideia de como o meu filho iria portar-se dentro de um avião. É como aqueles donos de cães de raça perigosa que dizem que o cão é muito mansinho e que não faz mal a ninguém até que aparece outro cão e aiiii que não trouxe o açaime. É como o meu ananás "pikinino", ele é um santo, é um fofinho, é um gostoso mas também dá-lhe a breca e eu sei lá se a breca não aparece quando estivermos confinados a um espaço fechado sem campainhas para parar na próxima paragem, com centenas de olhos prontos a julgarem uma mãe por ter trazido uma nisca de gente viajar?!

E se lhe dá cólicas no meio do voo. E se fica com dores de ouvidos e se e se e se???

 

Ponto número sete o pai da criança causa-me stress crónico.

 

O pai por incrível que pareça estava zen, com tempo de sobra para fazer tudo o que tinha planeado, utilizando a famosa frase do " calma, é preciso ter calma." Frase altamente inflamável para quem anda em modo " vai-te pó raio que ta parta".

 

Resumindo correu tudo muito bem e não havia necessidade dos nervos.

 

 

A viagem foi óptima, o pequenino foi óptimo e nem cólicas nem dor de ouvidos.

 

Ele está sempre super bem disposto como se vê por aqui. Chegou em modo eufórico a dar gritos de excitação e a rir-se desmesuradamente. Isto com as crianças nunca se percebe muito bem.

Às vezes ficam felizes com tão pouco e furiosos por nada. Associamos tamanha alegria aos milhões de estímulos, mas pode ser uma simples coincidência.

 

Não nos podia ter saído na rifa melhor menino... 

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Próxima paragem... Férias

por Pineapple com açúcar, em 24.05.16

Já andamos a estagiar para as férias. O Little Pineapple muito em breve irá internacionalizar-se fazendo a sua primeira viagem de avião.

 

Isto vai ser uma azáfama que nem vos conto... Ou melhor, conto-vos, conto-vos tudinho.

 

Há inúmeras coisas que eu odeio fazer, odiar é uma palavra feia, vá, não gosto de fazer. Muitas coisas mesmo, preparar a mala de viagem é uma delas e preparar a mala para mim e para a criança é o demónio em "boxes".

 

Eu acho, sempre, que necessito de todo o meu armário para viajar. Uma pessoa nunca sabe em que "mood" vai acordar, por isso mais vale prevenir do que remediar. 

 

Esta viagem não será muito diferente, por isso é levar tudo o que tenho, ou pelo menos o que me serve... E sendo assim a minha bagagem resume-se a um saco de plástico da casa cheia. 

 

Em relação ao rapaz é outra história e que história.

 

Hoje tirei o dia para tratar das coisas. De manhã liguei para a senhora da marconi.

 

" Bom dia senhora, queria o indicativo da Rússia se faz favor. Se a senhora souber dar-me o número de telefone do Antonov, agradecia. Do Antonov!! An-to-nov... O avião cargueiro senhora. Sim, vou viajar com o "mê pequeno" e tou me organizando." 

 

Ela ligou para a colega, a colega passou para a outra colega e a outra colega passou-me para a outra e pronto o Antonov ficou reservado.

 

Depois mandei um email à pediatra, à enfermeira e  à médica de família a avisar das datas da viagem e hora que o Antonov parte de Ponta Delgada. Sendo assim, vão no Antonov que sempre vão mais à larga e assim estou precavida na eventualidade do Little Pineapple beber água com cloro ou de lhe dar uma caganeira. 

 

E pronto é só esperar pelo dia e acartar, acartar e acartar as malas.

 

O meu saquinho de plástico vai comigo na mão, vai comigo na Sata.

 

Sou muito descomplicada, muito simples, muito "less is more" e até ao dia vamos estagiando cá por casa.

 

 

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