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A maternidade abordada em tom humorístico, no meio do Atlântico, por um casal em que a experiência neste mesmo assunto é nula. O objectivo é relativizar o difícil e complicado e rir, rir muito...
Passaram-se cinco meses, cinco meses e eu tenho um homenzinho cá em casa.
Todos os dias são dias de aprendizagem, se não é ele a aprender somos nós.
Um dia nós, outro ele e assim consecutivamente.
Há vários pontos a salientar.
Primeiro, é que eu não sabia que as crianças passavam por mil duzentos e trinta dois estágios. Pensava que fosse, aguentar a cabeça, dentes, gatinhar, andar e por aí fora até à carta de condução. Mas, não... É inacreditável a quantidade de coisas que as crianças têm de fazer em determinados timings.
Sorrir, fixar-nos, seguir-nos com os olhos, gargalhar, reconhecer as mãos, brincar com as mãos, rios de baba, aguentar a cabeça, ficar de bruços, pegar em objectos, movimento de pinça, alcançar os objectos, pegar nos pézinhos, sentar e por aí fora que deve haver mais e mais , mas uma pessoa não tem tempo para alcançar estas teorias todas e ainda bem que não as tem.
Estes tempos estabelecidos, o Google e mães que têm filhos perfeitos enão mostram qualquer tipo de insegurança só servem para que nós, mães comuns, estejamos a criar "ursas" nervosas no estômago, quando os nossos decidem criar o seu próprio timing e mandar todos os pedopsiquiatras à merda.
Quando se apanha uma mãe com filhos pequenos começamos logo com o bombardeamento.
" Ah e lembras-te quando ele começou a sentar-se? E os dentes? Quando nasceram os primeiros dentes e a gatinhar, quando começou a gatinhar?"
E quando apanhamos alguém em que o filho ultrapassou em grande escala o pré estabelecido, ahhh então, aí, descansamos.
A verdade é que cada criança tem o seu próprio tempo e acaba por ser mais rápida numas coisas do que outras e a verdade mais verdadeira é que não deixam de ser perfeitos!!
O meu filho é o mais perfeito e genial de todos. O teu é o mais perfeito e genial de todos. Não há nada nem ninguém que consiga convencer-nos do contrário, por isso, é só, simplesmente, ridículo andarem a tentar convencer o mundo e arredores que o nosso é que é, que o nosso é que faz, que o nosso é que é o mais esperto, brincalhão, fofinho e gostosos e tudo e tudo.
Para vocês, podem nascer-lhe dentes de ouro, cagar ações da bolsa, cantar em sete línguas, andar aos seis meses, fazer suba diving aos sete que ele nunca será mais perfeito que o vosso. Simples.
Aconteceram tantas coisas, tantas que custa começar.
A primeira viagem, a primeira papa, a primeira sopa, o primeiro pico de crescimento e a minha entrada para o trabalho. E ele a ficar cada vez mais maravilhoso, mais gostoso, mais genial.
A primeira viagem foi simplesmente maravilhosa, ele saiu de casa um bébé e uma semana depois entrou um bébé grande.
O primeiro pico de crescimento foi um bocado assustador. Ele dormia toda a noite e era um bébé calmo e super previsível até que passou a acordar de noite com fome e com vontade de brincar. Percebemos que era um pico de crescimento porque coincidiu com a fase em que ele aprendeu a agarrar e alcançar os brinquedos, passava o dia inteiro a pegar, de forma minuciosa nas coisas, no lençol, nas mantas, nos brinquedos e também porque tinha muita fome. Acordava com fome, comia e voltava ao seu treino de agarrar as coisas. Pronto, parabéns! Já percebemos que consegues agarrar, que tens um movimento de pinça perfeito e que o consegues fazer de dia e de noite. Agora queremos dormir, importas-te?!
Ficou tão pró e mestre no agarranço que começou a pegar sozinho no biberão.
A primeira papa é o que já se sabe. O moço não gostou muito, parece-nos que prefere a sopa. Pelo menos tem comido melhor... É uma trabalheira que só visto.
O menino JM foi preguiçoso a aguentar a cabeça. Agora já a aguenta bem, já anda na lateral do colo da mãe que nem macaquinho e adora ver-se ao espelho.
Anda na fase de se sentar, ainda não o faz sem ajuda e passa a vida a agarrar e a brincar com os pés.
Como estamos numa fase de grandes mudanças e aprendizagem isto volta a reflectir-se nas suas rotinas do sono. Acorda muitas vezes à noite a chorar, a maior parte das vezes continua a dormir e só precisa de uns mimos, outras vezes é a pedir a chucha.
É ter paciência e esperar que passe.
A boca é a sua maior amiga e inspetora. Não lhe passa nada pelas mãos que a boca não inspecione. Os famosos dentes?? A ver vamos.
Passo a vida a brincar ao "cucu" e a roubar-lhe as melhores gargalhadas.
É o meu grande amor.
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