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A maternidade abordada em tom humorístico, no meio do Atlântico, por um casal em que a experiência neste mesmo assunto é nula. O objectivo é relativizar o difícil e complicado e rir, rir muito...
Hoje fomos, ver os barcos, é o terceiro dia com cruzeiros atracados e sol à mistura.
E que bom que é vir, sentar de esplanada e fingir que somos estrangeiros.
Quando saio de casa aviso-o:
"Amor vamos ver os barcos e fingir que somos estrangeiros, tá bem?
E ele todo contente e empolgado diz que sim com a cabeça.
Lá estamos nós sentados com os nossos disfarces de estrangeiros até que ele começa a chorar.
Ai "jasus", corro logo para pegar nele e ao ouvido muito disfarçadamente digo-lhe:
"Amor tas a chorar em norueguês e a mamã está a fingir-se de sueca."
E ele:
"Ahh, então tá."
E de imediato chora-me em sueco.
Muito bem, sai todo todo à sua mãe, detentor da arte de improvisar sem se atrapalhar.
Lá estou eu toda ela sueca com um little pineapple sueco.
Finjo que sou designer de uma grande empresa de mobiliário e depois canso-me e finjo que sou decoradora de interiores daquelas casas do pintrest, de estilo nórdico.
Sempre que olho para ele, pisca-me o olho a dizer que sou óptima a fingir de sueca.
Ahh como é bom viver nos Açores...
Até que ele avisa-me:
"Hey, está quase na hora de eu comer. Aviso já que quando chegar a hora e não tiver maminha vou gritar em micaelense. Tou já avisando."
Ai aí aí que se não me ponho em casa lá se vão os disfarces.
Pus-me logo na alheta.
Quando chegamos a casa disse-lhe que amanhã iríamos outra vez e que amanhã seriamos americanos da costa Leste, Califórnia ou são Francisco a trabalhar na Google ou na Apple.
E ele disse:
"Ta bem."
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