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A maternidade abordada em tom humorístico, no meio do Atlântico, por um casal em que a experiência neste mesmo assunto é nula. O objectivo é relativizar o difícil e complicado e rir, rir muito...
Eu sou uma desnaturada, é um facto, mas têm de perceber que isto de ser mãe, mulher, profissional em topo de carreira numa empresa internacional cotada na bolsa, não é fácil.
Depois de me pedirem para descrever a festa de aniversário, mas de forma séria e real, o que tinha de ter feito era, descrever a festa de aniversário de forma real e séria, mas não, preferi adormecer morta de cansaço no sofá!
Como é que conseguem, pessoas que fazem mil coisas num dia, pessoas que fazem mil coisas numa hora?! Como?
O homem cá de casa diz que tenho uma forma muito peculiar de gerir o tempo, que é a chamada forma de não gerir tempo algum e confiar em Deus. “Jesus, conto contigo.” Digo eu, todas as manhãs sentada na cama, com os dedos indicadores apontados para o céu e num sotaque brasileiro, para parecer mais credível e eficaz.
Aqui vai, de forma séria (vou tentar).
Dia 28 de janeiro JM fez 2 aninhos, a festa foi em casa com família e amigos, notando-se a ausência de Jean Paul Gautlier e Karl Lagerfeld devido a afazeres profissionais.
Os animais foram o tema da festa, desde aos selvagens até aos da quinta e domésticos e estiveram espalhados pela casa em formato bricolage total.
Isto é que foi vasculhar aquele Pintrest e inspirar-me naquelas fotografias maravilhosas.
O Bolo foi, novamente, a minha maravilhosa prima da página, bolo quer, bem me quer, que para além de delicioso, reproduziu na perfeição o que pedi.
O menu da festa foi todo Vegan, polvo assado vegan, pernas de galinha vegan, entrecosto assado vegan.
No entanto, o mais cobiçado, para além dos queijos, foi a tarte de limão, o húmus, o guacamole, as sandes de queijo com manjericão e tomate e o bolo. O bolo!!
O bolo fez magia, houve quem falasse em sabores da sua infância e quem se babasse a comer. Também foi a primeira vez que o João Maria comeu bolo, pelo menos que eu saiba, que isto de não querer dar açúcar a um filho se assemelha, para alguns, ao pior castigo existente à face da terra. Um verdadeiro marco para ele.
As fotos que se seguem têm o dedo do tão maravilhoso Primeiro Amor. Quando virem que já estão a perder qualidade é porque a foto foi tirada por mim.
Foi um dia muito feliz em que ele transbordou alegria e isto é o que importa.
Que sejas sempre muito feliz meu doce Little Pineapple.
E chegaram os terrible two, que por enquanto de terrible não têm nada... sim é verdade que o rapaz tem energia para fornecer uma favela inteira no Brasil e que de vez em quando levo uma chapadona ou outra e que do “ João Maria, não se faz isto!!” sai como resposta umas gargalhadas, mas também não encaro isto como um problema, visto que, é nesta altura que o dobro todinho, arrumo-o na minha mini mala de ananás e de lá não sai até me pedir desculpa em sete línguas diferentes. Sou rigorosa na educação, porque se não, quando dermo-nos conta já estamos depositadas num lar de terceira idade ilegal, sem reforma e com a permanente por fazer.
De resto, “frizava” o tempo e ele ficava assim, com dois aninhos por mais uns três anos (no mínimo).
Estou deliciada com tanta doçura e fofura ao mesmo tempo!
A mamusca teve de preparar a sua festa de aniversário, algo intimista e minimalista ao mesmo tempo. Convidamos só os mais próximos o indispensável, 328 pessoas, vivemos num apartamento por isso esta lista tão minimalista.
Tenho de agradecer do fundo do coração aos amigos e família que mal me perguntaram, “queres que te ajude em alguma coisa?”, comecei logo a tratar da distribuição de tarefas e funções.
Para começar pus logo duas amigas vestidas de criadas a servir os martinis no Hall de entrada do prédio e como sei que elas são todas pela moda e pela sensualidade e porque tenho este defeito de ter um coração de ouro, não as enfiei numa farda de criada sensaborona à lei jová e sem formas, tive o cuidado de as comprar na melhor sex shop do país. Lindas que elas estavam, tudo retesadissimo, colados aos corpitxos de sereias que elas têm.
Coloquei outros dois amigos nos elevadores de serviço, para evitar aqueles momentos mortos e constrangedores em que não sabes onde estacionar a vista e, claro, para não perderem o fio à festa, com um número de mímica e coelhos a sair de uma cartola, maravilhoso. Outras duas na entrada de casa que nem bazar manteiga a entregar as senhas dos casacos e malas. Mais umas outras com a farda retesadissima de criadas a circularem de bandeja com os serve serve... e aos familiares que não puderam estar presentes pu-los via skype no quarto das crianças a cantar músicas infantis alusivas ao mundo animal, desde o “atirei o pau à gato” até ao “ é o bicho, é o bicho” e ao “ que tiro foi esse, veado!”
No que diz respeito à animação da festa tive três amigos que fizeram um número de dança contemporânea na cozinha... Uma coisa... que nem há palavras!!
Enfim, tudo muito simples!!
O tema deste ano foram os animais, e para não complicar muito, sempre na base do “pó simples”, falei com um conhecido meu para me mandar via aérea (tenho conhecimentos nos aviões) a coleção toda do museu de história natural de Londres. Metade foi arrumada na arrecadação do prédio, porque exageraram na remessa e os dinossauros ficaram desossados nos caixotes das cargas, não havia espaço. Ainda montei um Tiranossauro Rex no canto em cima e outro em baixo da rua, mas os restantes tiveram mesmo de ficar.
Foi um dia muito feliz e que apesar de ter sido uma festa “pó simplezinha “ a criança desfrutou como ninguém. Andou aos saltos a rejubilar de alegria.
Espero que os amigos e familiares que estiveram a ajudar nas tarefas desta tão humilde festa consigam estar presentes, visto que numa sondagem de festa do 3 aniversário para possíveis melhoramentos de performances, todos disserem que achavam que tinham compromissos na altura... espero que consigam cancelar os compromissos agendados, porque é sempre um prazer ter-vos por perto e eu sei que adoraram e que me adoram. Desculpem aqueles que os deixei sem tarefas, mas como puderam ver foi tudo muito “pó simplezinho” e não dava para todos.
O Little pineapple amou a sua festa, esteve sempre em modo “êxtase total”, como podem comprovar por esta imagem.
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