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A maternidade abordada em tom humorístico, no meio do Atlântico, por um casal em que a experiência neste mesmo assunto é nula. O objectivo é relativizar o difícil e complicado e rir, rir muito...
And the winner is... Miss Sopas!!
"Miss Sopas quer dedicar esta vitória a alguém? Tem algumas palavrinhas a dar?
Muito obrigado!!
Estávamos todos muito nervosos, nós, vegetais triturados, é que o rapaz fez um chiqueiral com a papa que eu já os tinha avisado.
"Isto não vai ser fácil minha gente".
Mas correu tudo muito bem, parabéns vegetais doces deste mundo e quero dedicar este tão honrado triunfo à sopa dos pobres. (Fica sempre bem falar nos pobrezinhos em celebrações.)"
A cenoura foi a primeira a entrar em combate e mostrou-se um vegetal rijo, tão rijo que o rapaz vê-se francês para fazer cócó.
Ahhh como é bom inverter o provérbio do "ver-se grego" para o "ver-se francês".
À parte de andarmos que nem loucos à procura e a pesquisar alimentos que ajudem a um bom cagar, o JM gosta da sopinha. Alleluia!!
Há dias que é um lento a comer, tudo é uma brincadeira, a sopa, a colher, a cadeira, o babete...Tudo é uma distração e está sempre pronto para uma gargalhada e nós a apreciar a sopa em cascata pelos cantos da boca. Mas quem é que pode com aquele sorriso? Quem?!
Continua a cagar-se todo e a cagar-nos também, ( sim, eu sei, uso em demasia a palavra cagar. Mas para mim não passa de uma palavra, não a consigo dar uma conotação negativa.) até porque não há dia nenhum em que nao espirre enquanto come a sopa. Pode-se imaginar as nossas caras.
O fazer cócó é que tem sido uma dor de cabeça e sim é mais um post a falar do cócó da criança. A saga continua... Ele acorda às 6 da manhã a fazer força e quando vê que ainda não é desta volta a adormecer como se nada fosse. Dá dó, eu e o pai dizemos em uníssono, "coitadinho, que lhe saem as órbitas", mas não chora.
Eu sei que é clichê e até eu achava extremamente aborrecido ouvir todas as mães dizerem que adoram os seus filhos. E é verdade, quem não adora?! Mas, parece que há qualquer coisa superior que não te faz conter, que quase te obriga a expressar, mesmo sabendo que tooooda a gente já sabe que tu adoras o teu filho, voltas a dizer " Eu estou completamente, loucamente, apaixonada pelo meu filho..."
Que chata... Eu sei.
Ainda em relação à papa e em dia de Brexit, podemos falar em papexit!!
Os dias a seguir à primeira papa foram, francamente, melhor. A papa era dividida entre mim e o pai até que chegou ao dia que teve de ser só a mãe a dar... E não é que o safado depois de três colheradas, nova papa, desta vez mais líquida, recusou categoricamente. Chorou de cara colada à cadeira e recusou a papa da mão da sua mãe, da mãe que o gerou durante tão estafantes nove meses.
Dei um desconto e não me pus em causa, poderia ser por mil e uma razão, não ter feito cócó e estar mal disposto, não ter fome...enfim.
Ontem o pai é que o deu... O safado comeu como se nada fosse!!
Que belo cagalhão de mãe me fui sair, que nem a papa consigo dar ao meu filho.
Mãe cagalhão vs pai campeão.
Fui banida da união da papa.
Papexit!!
Agora parece que é a dois em vez de a três.
Não mostrei o meu ressabiamento logo à primeira.
Quando os meninos terminaram lá fui eu dizer:
"Muito bem, menino João Maria, comeu a papa toda e muito bem, senhor pai. Estão os dois de parabéns."
Deduzo que quando proferia estas palavras já me tinha transformado nisto...
De tão ressabiada que estava. Mas, sempre em modo fashion, que eu não sou mulher de me ir a baixo.
Quando o pai desapareceu de cena, fui, ainda em modo cagalhão, de mala vermelha e meia de rede falar com o João Maria.
" Muito bem JM, gostaste da papinha?? Gostaste?
Hás de pedir a teu pai para te dar maminha também, a ver se ele dá...
Deixa-me por um perfumezinho nesta casa que isto cheira a cócó que revira."
Moral da história:
A ansiedade levou-me a melhor e o miúdo deve perceber que a mãe não está no seu melhor. É assim, os miúdos captam e bebem todo o tipo de energias.
Sou a mãe que o faz rir como ninguém, que o retira as melhores e mais vivas gargalhadas e a mãe que não o consegue fazer comer...
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